Marketing de protagonismo: uma nova forma de pensar as estratégias da sua empresa
Quero começar este conteúdo de forma diferente, como nenhum outro. Sem regrinhas de SEO, aqui você só vai encontrar reflexões sobre um assunto nunca abordado no marketing antes.
A missão aqui é explicar o invisível e, sobretudo, uma atitude inquieta desta “autora” sobre alguns pensamentos aleatórios e uma nova teoria. Quebrei tudo que há de frágil em mim, para poder compartilhar essas linhas com vocês.
Em nossa essência, tendemos a confundir o desconhecido com o inexistente, o que é um grande erro. Então, cuidado ao julgar algo pelo simples fato de você não conhecer e, consequentemente, não compreender.
Viver num mundo no qual não compreendemos por completo pode ser bastante instigante, trabalhar em uma área na qual você nunca tem cem por cento de domínio também pode ser. Então, como ter a audácia de encarar nossa ignorância e não sentirmos vergonha de sermos humanos?
Percebi que dentro do marketing, algumas coisas que aconteciam ainda não tinham definição técnica. Sei que uma teoria pode ser frágil, facilmente quebrada, geradora de estressores e muitas outras coisas. Portanto, uma coisa é certa, a fragilidade de uns, cria a antifragilidade de outros. E estou aqui completamente exposta, em total fragilidade – dependendo da circunstância na qual você me vê.
Engana-se quem acredita que inovar traz consigo métodos modernos, planejamento mega elaborado ou submetendo pessoas estudadas em Harvard Business School ou contratando um consultor (que tampouco inovou em alguma coisa). Isso na grande maioria das vezes é apenas uma falácia. Mas claro, não vamos generalizar.
Muito recente li o livro “ANTI-FRÁGIL”, de Nassim Nicholas Taleb, que mudou um pouco a forma como eu vejo as coisas hoje em dia. Me mostrou que o segredo da vida é a antifragilidade. Que estresse é conhecimento disfarçado. Que os estressores e o caos tem alguma importância. Que nossos erros e suas consequências são novas fontes de informação.
É incrível, quando estamos em estado de “ócio” a gente consegue refletir mais, analisar algumas coisas de forma mais fria e, consequentemente, conseguimos ter uma percepção antes nunca vista. Foi assim que surgiu toda essa mudança e essa nova linha de pensamento. Então, vamos lá?
Pense comigo, em um mercado cada vez mais competitivo, se destacam aquelas empresas que se tornam protagonistas na vida de seus consumidores, certo? Ou seja, que ocupam um lugar interessante nas mídias, que são originais e que sabem tomar as decisões por si mesmas, com base em sua cultura e de forma transparente.
Por sua vez, os consumidores são cada vez mais ativos e conseguem identificar marcas protagonistas. É por isso que praticar o marketing de protagonismo, falarei disso mais adiante, é importante e esse tipo de estratégia deve ser conhecida pela sua empresa.
Bom, provavelmente você nunca ouviu falar sobre “Marketing de Protagonismo”, até porque, eu desenvolvi faz poucos dias e esse será meu primeiro conteúdo acerca do tema. Então, se você não faz ideia de como tornar o seu negócio protagonista, não se preocupe! Contaremos tudo neste artigo, é só continuar a leitura. Vamos lá?
Protagonismo: entenda esse conceito
A palavra protagonista deriva do grego “protagonistés” e representa o primeiro ator do drama grego ou o personagem principal de uma peça teatral, de um filme ou de um romance.
Ou seja, o protagonista é aquele que ocupa o primeiro lugar, que é o principal personagem de um acontecimento. Porém, para que um protagonista tenha destaque e se mantenha nesse posto, necessita estar em constante mudança, se sentir realizado e satisfeito.
Você nunca assistiu a um filme, uma série ou uma novela em que o protagonista passa a trama toda inerte, não é mesmo? Os protagonistas são aqueles que movimentam a história, que tornam toda a narrativa interessante.
Protagonizar é tomar as rédeas da sua história! É ser verdadeiro com os seus propósitos, valorizar a sua cultura e não ter medo de mostrar ao mundo a maneira como você é
O protagonista não fica satisfeito com uma vida morna ou limitada, ele quer recomeçar. Portanto, estar sempre a frente e ter esse estigma de outras pessoas, traz junto grandes responsabilidades. É preciso ter cuidado a cada passo e decisão, pois suas pegadas precisam ser dignas de serem seguidas. Bom, talvez até aqui muita coisa você já sabia. Então, vamos avançar para a próxima etapa.
Formas de se tornar protagonista
Basicamente, existem duas formas para uma pessoa, marca ou empresa se tornar protagonista: pela essência do indivíduo ou pela luta para alcançar o primeiro lugar.
Um exemplo de protagonista pela essência é a ex-BBB Juliette. Quando participou do reality show, a jovem advogada e maquiadora era desconhecida, mas pelo seu jeito próprio e forma de agir conquistou o público do programa.
Juliette foi a protagonista do Big Brother Brasil por sua essência, desbancando participantes famosos e que já tinham o carinho do público. Hoje, ela é uma das principais personalidades da mídia brasileira, faz inúmeras campanhas de marketing e é uma das influenciadoras com mais seguidores nas redes sociais.
Como protagonista que luta para alcançar esse espaço, temos o exemplo da Resultados Digitais, empresa líder no mercado de automação de marketing no Brasil.
Por meio da forte presença online que possui e se apoiando na expertise de grandes especialistas da área, a empresa se firmou como autoridade no mercado digital.
A Resultados Digitais precisou sair da zona de conforto para se firmar como uma protagonista. Atualmente, a marca é uma autoridade e gera tendências no setor em que atua, além de ser admirada por vários profissionais da área e clientes.
O protagonismo no âmbito empresarial
Quando trazemos o conceito de protagonismo para o âmbito empresarial, devemos ter em mente que as organizações devem lutar para alcançar o seu espaço, firmar-se no primeiro lugar na preferência do seu público.
Em um ambiente corporativo, protagonizar é tomar iniciativas e atitudes que impactam de forma positiva aos que estão ao seu redor. Exemplo disso pode ser visto no branding de muitas marcas, como a Natura, uma das líderes no setor de cosméticos brasileiros.
Nos anos 2000, a Natura, que já era bastante conhecida no mercado, lançou a linha de produtos Ekos. Mais do que um nome que remete à ecologia, os cosméticos desse grupo passaram a explorar as matérias-primas vegetais, as fórmulas biodegradáveis e o uso de embalagens retornáveis e recicláveis.
O resultado dessa grande campanha resultou no despertar da consciência ambiental de muitos consumidores da marca. Isso ajudou a educar o mercado nacional e fez com que outras companhias despertassem a atenção para o marketing verde.
Sem dúvida, a Natura é um exemplo de empresa protagonista, que não teve medo de se reinventar, de apostar no novo, de desenvolver a sua cultura e enraizar os seus valores nos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
Uma prova de que a marca é protagonista é que, além de ter se tornado líder de mercado, recentemente comprou a Avon, até então sua principal concorrente.
O marketing e o protagonismo
O marketing sempre teve o objetivo de colocar as marcas em uma posição de protagonistas. Muitos profissionais e empresas, no entanto, ainda não entendem isso.
Todavia, todos sabemos que o principal objetivo de uma campanha de marketing é colocar uma empresa à frente das demais, colocá-la como autoridade no segmento, fazer com que as pessoas respeitem e admirem determinada marca, pelo que ela é.
Muitos negócios não conseguem ser protagonistas por não entenderem bem suas histórias, não terem de forma clara e objetiva qual seu propósito e lugar na sociedade.
Às vezes até têm vontade, mas não conseguem transcender de dentro pra fora por não dominarem técnicas que possam levá-los a esse lugar, tampouco uma cultura organizacional bem definida.
A importância do protagonismo digital
Nos dias de hoje, boa parte dos relacionamentos ocorre nos meios digitais. Logo, para se tornar protagonista, estar presente nas redes sociais e outros canais virtuais é demasiadamente importante.
Ao investir em uma estratégia de marketing de conteúdo, por exemplo, não se deve pensar apenas em ranquear as páginas no Google, embora isso seja muito importante. Também é preciso pensar em como aquele texto, vídeo, infográfico ou qualquer outro material que está sendo produzido impactará a audiência e a história da marca. Vai além de uma estratégia de SEO, é preciso ter consciência de que é um legado e uma história que está sendo construída.
Com uma boa estratégia de brand storytelling, conteúdos assertivos e uma interação e comunicação eficiente com o público, as empresas conseguirão ter mais protagonismo no meio digital. É claro que isso não acontece da noite para o dia, é um processo que precisa ser construído e, muitas vezes, vários obstáculos podem ser encontrados pelo caminho.
Para driblar um pouco desses desafios, é necessário desenvolver algumas estratégias importantes, além de destacar a importância da tecnologia e informação como apoio e suporte para o desenvolvimento de relações mais humanizadas.
Marketing de protagonismo: a sua empresa no papel principal
Diante de tudo o que coloquei até aqui, defino o que é o marketing de protagonismo da seguinte forma:
Marketing de protagonismo consiste em planejar e executar ações de marketing que vão além das estratégias convencionais. É ter iniciativas que transformam uma empresa e a colocam como protagonista, dentro do seu mercado de atuação, e em destaque por sua essência, comunicação e posicionamento.
É não ter medo de correr riscos e dar alguns saltos de fé por acreditar no seu negócio e no que ele representa para a sociedade. É ter uma estratégia de brand storytelling ousada, que mostre a essência e a cultura da marca, para que dessa forma, possa obter admiração do público e conquistar laços fortes de identificação e representatividade.
É desejar ter muito mais que visibilidade, ter atuação de forma transparente, gerando tendências e liderando movimentos importantes dentro do seu mercado.
Em uma estratégia de marketing de protagonismo, as marcas são alçadas ao papel principal no mercado em que atuam. Para isso, precisam ser autênticas, oferecer muita qualidade naquilo que fazem e gerar laços fortes de identificação com o público.
As empresas devem ser verdadeiras com sua narrativa, sem ter medo de se mostrar a público, porque a paixão pela história começa dentro dela. É se apaixonar pela transformação, sem ter medo do desconhecido ou do novo.
Se a sua empresa não consegue ser protagonista no ambiente digital, eu sugiro que talvez seja pela falta do entendimento, da importância sobre o assunto ou, simplesmente, por medo de dar o primeiro passo rumo ao desconhecido.
E posso afirmar que boas histórias, matérias de jornais e livros já morreram pelo fato de nunca terem saído do papel. De nada adianta, a criação de uma boa história com um protagonista excepcional, se ninguém souber dela. É aquela velha história de que: “não basta ser inteligente, precisa parecer inteligente” para que as pessoas possam te reconhecer.
Sua jornada empreendedora pode ser brilhante, mas se ela não for contada e trilhada, com consistência e com transparência, ela não será vista e, consequentemente, não terá a visibilidade e admiração que merece.
Então, qual papel você escolherá para sua empresa nesta história: protagonista, antagonista, coadjuvante ou figurante?
Só depende de você!
Autora: Karini Schulter – Especialista em Marketing Digital